Qualquer
cristão que tem o mínimo de conhecimento bíblico entende que Deus odeia a
idolatria. Em 1 Coríntios 6:9 Deus alerta que os idólatras não herdarão o Reino
dos céus. Em outra parte das escrituras lemos: “Não terás outros deuses
diante de mim”. (Êxodo 20:3). Podemos ficar horas e horas citando trechos
bíblicos acerca da mesma verdade: Deus quer estar em primeiro lugar de nossas
vidas. Aqueles que querem ser verdadeiros adoradores deverão ter olhos para um
só Deus. Isto é uma verdade inquestionável.
Também é verdade que a Igreja precisa ter modelos, precisa ter exemplos de vida com Deus, exemplos em todas as áreas de liderança, pastoral, nas artes, missões etc. A estas pessoas chamamos de referenciais. Paulo era um referencial de sua época:
Também é verdade que a Igreja precisa ter modelos, precisa ter exemplos de vida com Deus, exemplos em todas as áreas de liderança, pastoral, nas artes, missões etc. A estas pessoas chamamos de referenciais. Paulo era um referencial de sua época:
“Sede também meus imitadores,
irmãos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim
andam”. (Filipenses 3:17).
Precisamos
ter líderes que nos dirijam, que nos abençoem, que nos ajudem a chegar aos níveis
já alcançados por eles, que nos dêem um norte em Deus.
Referenciais têm um enorme poder de influência sobre as pessoas como um todo. É por isso que quando algum destes referenciais cai em pecado, muitas pessoas caem em desilusão e os mais fracos tendem a abandonar a fé. Em geral, o povo é abalado quando um líder ou um referencial de grande influência comete falhas em público. E quanto maior a “bomba”, maior é o estrago. A Bíblia alerta:
Referenciais têm um enorme poder de influência sobre as pessoas como um todo. É por isso que quando algum destes referenciais cai em pecado, muitas pessoas caem em desilusão e os mais fracos tendem a abandonar a fé. Em geral, o povo é abalado quando um líder ou um referencial de grande influência comete falhas em público. E quanto maior a “bomba”, maior é o estrago. A Bíblia alerta:
“Não dando nós escândalo em coisa
alguma, para que o nosso ministério não seja censurado...” (2 Coríntios 6:3).
Um erro grandioso que a Igreja de hoje tem cometido e sofrido sérias conseqüências é o pecado da idolatria. E fazemos isso dando uma série de boas desculpas esfarrapadas. Por exemplo, quando quero idolatrar meu cantor gospel preferido, exaltando-o sobre as alturas, falo às pessoas que ele é um grande homem de Deus, um referencial para mim. Aí faço desta pessoa meu ídolo, tendo em casa um altar para ele, com todos os seus CDS e livros, com todos os seus artigos escritos, com uma foto autografada, uma camisa do fã-clube e outros apetrechos que farão parte do meu devocional a este ídolo. Assim a pessoa acaba se tornando um idólatra, tornado seu próprio irmão na fé num deus. Atenção: Adorar também significa “devotar a vida”.
Não há outras palavras para se
dizer uma verdade dura que já está sendo ecoada no Brasil: a Igreja brasileira
fez de seus referenciais grandes ídolos como o bezerro de ouro erguido pelo
povo de Israel no deserto (Êxodo 32:4). Isto nós fizemos e por isso estamos
pagando um preço tão caro. A Lei da Semeadura está valendo ainda hoje. A Igreja
plantou idolatria, vai colher coisa ruim, maldição, destruição. Disto não
duvidamos.
A Idolatria Evangélica Gospel Brasileira permitiu
este show de horrores:
- Ídolos gospel que não
“ministram” por menos de 15, 20, 30 mil reais.
- Ídolos gospel que decidiram
por loucura própria fazer uma lista de exigências que nem Jesus, Paulo ou
João fizeram quando exerciam seu ministério: hotéis 5 estrelas, frutas
tropicais, água mineral de marcas específicas, dezenas de seguranças,
carro blindado... e outras coisas que não vou pôr aqui pois não vão
acreditar em mim.
- Ídolos gospel que são
indiferentes e preconceituosos com certas cidades, regiões, raças, e
condição espiritual. Por exemplo: tem gente que não “ministra” em
certos lugares porque há muita frieza espiritual, eles só querem “ministrar”
em lugares que já estão “avivados”.
- Ídolos gospel que se isolam
da liderança espiritual de sua igreja para não precisar responder a
ninguém sobre seus trambiques e pecados. Aparentemente chegaram num nível
tão alto que não precisam mais de pastor e de igreja para acompanhá-los,
agora podem caminhar sozinhos. Por isso temos visto tanto insubmissão e
rebeldia em “ministério grande”.
Quem é o responsável por este show de horrores? Quem é o culpado? Penso que o culpado somos todos nós que fazemos parte da igreja pois temos alimentado nossos ídolos. Damos a eles o que eles pedem, e é por isso que as exigências aumentam a cada dia. Enquanto pagamos 25 mil reais pra um irmão cantar num evento, deixamos missionários morrerem de fome aqui no Brasil e lá fora. E ainda dizemos: se o missionário passa fome é porque está em desobediência. Quanta hipocrisia!
A coisa está tão feia que ninguém pode denunciar os pecados da igreja. Se alguém se levanta contra essa pouca vergonha dos absurdos cachês e exigências, dos pecados escondidos, da rebeldia contra os pastores, da idolatria escrachada, da tietagem é rapidamente apedrejado pelos idólatras daquele determinado “deus gospel”. É igualzinho no Velho Testamento: “não desrespeite o meu deus que eu não desrespeito o seu”.
Meus irmãos não me entendam mal. Não me interpretem mal. Estou aqui tecendo pesadas críticas contra a idolatria. Estou denunciando o pecado, não o pecador! É disso que tenho nojo, e é contra este terrível pecado que temos que lutar. Se a Igreja não acordar colherá frutos tenebrosos. Se sabemos da existência de um Deus verdadeiro, se conhecemos o seu amor, e o trocamos deliberadamente por outros deuses, vamos pagar caro por isso. Aliás, já estamos pagando caro por isso!
Deixe-me fazer algumas perguntas que atualmente tem feito meu coração doer: - Quanto Jesus cobrou para exercer seu ministério e morrer na cruz por nós? Qual foi o cachê que Paulo cobrou para ser aprisionado junto com Silas nas piores prisões da época? Quais foram as exigências de nossos irmãos que morreram recentemente na China por não negarem o Evangelho? Quanta glória Jesus quis tomar para si quanto o chamaram de bom mestre? Quantas viagens Paulo negou por não atenderem suas exigências?
Precisamos urgentemente de referenciais que apontem para Deus. Precisamos de mártires. Precisamos de humildade, simplicidade e pureza de espírito. Precisamos nos arrepender. Precisamos saber que “...o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. (Filipenses 1:21)
Quanto aos ídolos de ouro que levantamos... não precisamos deles!
"Então disse Jacó à sua família, e a todos os que com ele estavam:
Tirai os deuses estranhos, que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as
vossas vestes". (Gênesis 35:2)
Autor: Ramon Tessmann
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