Estudos e Mensagens

A Teologia da Prosperidade

Um fenômeno social que tem despertado a atenção de estudiosos na atualidade é o crescimento acentuado das igrejas neopentecostais que estão inseridas no grupo das religiões “evangélicas” (1). De acordo com a recente publicação do Atlas da filiação religiosa e indicadores sociais do Brasil (CNBB) os pentecostais cresceram de 6% para 10,6% da população brasileira nos últimos nove anos. O maior crescimento se dá nas camadas de menor renda das regiões metropolitanas onde os indicadores sociais são mais baixos; e também nas regiões norte e centro-oeste. As causas desse fenômeno, a meu ver, são variadas. Uma delas como mostra o estudo são as condições sócio-econômicas; a maciça utilização da mídia também tem seu peso de influência e a competente administração empresarial dessas igrejas é algo relevante. Mas creio que a utilização da “teologia da prosperidade” seja a causa primordial desse sucesso, as outras dependem fundamentalmente dela. O que é a Teologia da Prosperidade? A teologia da prosperidade pode ser entendida como um conjunto de princípios que afirmam que o cristão verdadeiro tem o direito de obter a felicidade integral, e de exigi-la, ainda durante a vida presente sobre a terra. Bastando para isso que tenha confiança incondicional em Jesus. Seu desenvolvimento foi gradual desde a década de 1940. Vejamos: Essek William Kenyon (Nova York, EUA, 1867) Ex-pastor das igrejas batista, metodista e pentecostal, influenciado por idéias de seitas cristãs/metafísicas, desenvolveu estudos que entre outras coisas tratava de: poder da mente, a inexistência das doenças e o poder do pensamento positivo. Kenneth Hagin (Texas, EUA, 1918) Discípulo de Kenyon. sofreu várias enfermidades e pobreza na juventude; Aos 16 anos diz ter recebido uma revelação quando lia Mc 11.23,24, entendendo que tudo se pode obter de Deus, desde que confesse em voz alta, nunca duvidando da obtenção da resposta, mesmo que as evidências indiquem o contrário. Isso é a essência da "Confissão Positiva". Foi pastor da igreja batista; da Assembléia de Deus, em seguida passou por várias igrejas pentecostais, e , finalmente, fundou sua própria igreja, aos 30 anos, fundando o Instituto Bíblico Rhema. As idéias de Hagin que levaram ao estabelecimento da teologia da prosperidade pode ser dividida em três pontos principais: 1) Autoridade Espiritual Segundo K. Hagin, Deus tem dado autoridade (unção) a profetas nos dias atuais, como seus porta-vozes. Ele diz que "recebe revelações diretamente do Senhor"; "...Dou graças a Deus pela unção de profeta...Reconheço que se trata de uma unção diferente...é a mesma unção, multiplicada cerca de cem vezes" (Hagin, Compreendendo a Unção, p. 7). 2) Bênçãos e Maldições da lei K.Hagin diz, com base em Gl 3.13,14, que fomos libertos da maldição da lei, que são: 1) Pobreza; 2) doença e 3) morte espiritual. Ele toma emprestadas as maldições de Dt 28 contra os israelitas que pecassem. Segundo essa doutrina, o cristão tem direito a saúde e riqueza; diante disso, doença e pobreza são maldições da lei. Eles ensinam que "todo cristão deve esperar viver uma vida plena, isenta de doenças" e viver de 70 a 80 anos, sem dor ou sofrimento. Quem ficar doente é porque não reivindica seus direitos ou não tem fé. E não há exceções. Pregam que Is. 53.4,5 é algo absoluto. Fomos sarados e não existe mais doença para o crente. Os seguidores de Hagin enfatizam muito que o crente deve ter carro novo, casa nova própria, as melhores roupas, uma vida de luxo. 3. Confissão Positiva É o terceiro ponto da teologia da prosperidade. Ela está incluída na "fórmula da fé", que Hagin diz ter recebido diretamente de Jesus, que lhe apareceu e mandou escrever de 1 a 4, a "fórmula". Se alguém deseja receber algo de Jesus, basta segui-la: 1) "Diga a coisa" positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo quiser, ele receberá". Essa é a essência da confissão positiva. 2) "Faça a coisa". "Seus atos derrotam-no ou lhe dão vitória. De acordo com sua ação, você será impedido ou receberá". 3) "Receba a coisa". Compete a nós a conexão com o dínamo do céu". A fé é o pino da tomada. Basta conectá-lo. 4) "Conte a coisa" a fim de que outros também possam crer". Para fazer a "confissão positiva", o cristão dever usar as expressões: exijo, decreto, declaro, determino, reivindico, em lugar de dizer : peço, rogo, suplico; jamais dizer: "se for da tua vontade", pois isto destrói a fé. Introdução no Brasil Como vimos a Teologia da Prosperidade teve sua origem na década de 40 nos Estados Unidos, mas a efetiva introdução no meio evangélico se deu na década de 70. Adicionou um forte cunho de auto-ajuda e valorização do indivíduo, agregando crenças sobre cura, prosperidade e poder da fé através da confissão da "Palavra" em voz alta e "No Nome de Jesus" para recebimento das bênçãos almejadas; por meio da Confissão Positiva, o cristão compreende que tem direito a tudo de bom e de melhor que a vida pode oferecer: saúde perfeita, riqueza material, poder para subjugar Satanás, uma vida plena de felicidade e sem problemas. Em contrapartida, dele é esperado que não duvide minimamente do recebimento da bênção, pois isto acarretaria em sua perda, bem como o triunfo do Diabo. A relação entre o fiel e Deus ocorre pela reciprocidade, o cristão semeando através de dízimos e ofertas e Deus cumprindo suas promessas. No Brasil a primeira e principal igreja seguidora dessa doutrina é a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), fundada em 1977 por Edir Macedo que adaptou as suas práticas para as características brasileiras, além de possuir metodologias e princípios próprios.

Disciplina na Igreja

A Bíblia diz em hebreus capitulo 12 a partir do versículo 06 sobre a importância da disciplina:
Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.
Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela. Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado.

Jesus nos ensina como tratar da disciplina na Igreja, em Mateus 18:15-18, Ele diz: Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.

No mesmo capítulo de Mateus, Pedro aproxima-se de Jesus, para saber um pouco mais sobre o assunto: "Então Pedro, aproximando-se lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas setenta vezes sete".

Em João 8:1-11, vemos o episódio da Mulher surpreendida no pecado de adultério, que seus acusadores, baseando-se na lei de Moisés, queriam apedrejá-la; então, com toda calma, equilíbrio e sabedoria, Jesus dá mais uma lição: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado, que lhe atire a primeira pedra". Jesus foi simples e objetivo. Diz o texto que: "Ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos". Jesus olha ao redor, não vê ninguém mais, exceto a mulher, e pergunta: "Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?". Ela respondeu: "Ninguém, Senhor!". Jesus bate o martelo: "Nem eu tampouco te condeno; vai, e não pequeis mais".
Os textos acima nos ensina a tratar de uma pessoa que peca ou transgredi a doutrina e a palavra de Deus através da disciplina, e aborda sobre como deve ser a disciplina na Igreja. É esse o tipo de disciplina que vemos em prática nas Igrejas Evangélicas Pentecostais hoje, A teologia do perdão é uma prática constante que presenciamos também viver na vida e na comunhão das Igrejas Evangélicas, nos dias atuais.

Expresse sua opinião!!!

- Como é a questão da disciplina em sua Igreja, é baseado na orientação bíblica?

- É correto utilizar a "o desligamento do rol de membros" da Igreja, nos casos de pecados sexuais, abandono da igreja sem justificativa, mudança de igreja com doutrina incompatível a igreja local, vícios: (jogatinas, cigarro, bebidas)?

- Por que desligar do rol de membros da Igreja, pessoas que cometem pecados citados acima e não agem da mesma forma, com as pessoas que cometem da fofoca, mentira, da maledicência, do roubo dos dízimos e ofertas, da contenda entre irmãos e muitos outros, desrespeito a autoridade pastoral?

Vamos lá pessoal, é hora de "de dar sua opinião sobre o assunto"!!!!

Obrigado!!!

Pr. Oséias Batista

O que o Senhor Jesus disse a respeito do divórcio?

Baseadas nos textos de Mateus 19:3-12; Marcos 10:2-12; Lucas 116:18):
• Porque os fariseus tinham dúvidas sobre o divórcio e experimentaram Jesus perguntando se era lícito... se Moisés permitiu é porque foi Deus quem ordenou a Moisés. Ou os fariseus não concordavam com Moisés?

• Porque Jesus diz que o que Deus ajuntou não separe o homem? Quem é esse homem que Jesus se refere? Será que é o profeta Moisés que permitiu o divórcio? Com essa resposta Jesus quis dizer que o casamento é indissolúvel?

• Porque afirma Jesus em Mateus 19:3-12... Se Moisés permitiu o divórcio, porque Jesus não?

• Em Mateus 19:9 Jesus permite o divórcio em caso de relações ilícitas. O que são relações ilícitas? Em outra versão diz que o divórcio é permitido em caso de fornicação. O que é fornicação?

• Se a separação foi por outro motivo e se o homem ou mulher passar a viver juntos com outra pessoa, eles estão em adultério?

• Se caso um era solteiro e outro casado e passam a viver juntos, quem está em adultério?
Estas perguntas são muito interessantes e merecem estudo e reflexão.

O objetivo dos fariseus ao experimentar Jesus era “arranjar um motivo pelo qual pudessem acusar a Jesus” para poder matá-lo. Eles queriam que o Senhor Jesus ‘tropeçasse’ na interpretação da lei, pois assim, teriam “com o que” acusa-lo. Eles estavam a um bom tempo tentando fazer isto, mas não conseguiam.

Jesus disse que nunca foi o propósito de Deus que o casal se separasse. Ele apoiou seu ensino com os versos Bíblicos de Gênesis 1:27; 5:2 e 2:24.

O detalhe é que os fariseus não aceitavam esta interpretação, pois não entenderam o verdadeiro significado da “permissão de Moisés acerca do divórcio”. Vejamos:

A orientação de Moisés está registrada em Deuteronômio e é mencionada também em Mateus:
“Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; e se este a aborrecer, e lhe lavrar termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a desposá-la para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação perante o SENHOR; assim, não farás pecar a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança”. (Deuteronômio 24:1-4).

“Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio”. (Mateus 5:31).
Analisando o contexto externo do texto (histórico, cultural, etc), iremos ver que Jesus não estava em conflito com Moisés.

Nunca foi parte do plano original de Deus; ele “foi aprovado transitoriamente na lei de Moisés devido a “dureza” do coração dos homens (cap. 19: 7-8)” .

“Deve destacar-se que a lei de Moisés não instruiu o divórcio. Por ordem divina, Moisés tolerou o divórcio e o regulamentou a fim de evitar abusos” .

As mulheres não tinham direitos; e, para protegê-las, Deus permitiu que Moisés criasse esta lei, a fim de que as mulheres tivessem uma nova chance.
Qual era a natureza e o propósito da lei de Moisés no que diz respeito ao divórcio? Texto base: Dt 24:1-4.

Vejamos o que diz o seguinte comentário bíblico:

*Coisa indecente.
Literalmente, "desnudes"; figuradamente, como aqui: "algo vergonhoso", "uma desonra". Não podia tratar-se de adultério, porque isto devia ser castigado com a morte (Deut. 22: 22; cf. Mat. 19: 9). Devia tratar-se de alguma maneira de atuar considerada imprópria pelo marido. Os judeus entendiam que este preceito mosaico permitia a um homem divorciar-se de sua mulher quase por qualquer motivo (Mat. 19: 3, 7). Sem obstáculos, Cristo explicou que não era a vontade de Deus que se obtivesse tão facilmente o divórcio (Mat. 19: 4-6), e que esta legislação só havia sido dada por causa da "dureza" dos corações deles (Mat. 19: 8).

*Carta de divórcio.
Literalmente, "uma nota de separação".

*Lhe entregará.
Isto devia fazer-se formalmente, provavelmente perante testemunhas, a fim de que tivesse validez legal e fosse incontestável .

*A despedirá.
Novamente um ato formal. Provavelmente o esposo estava obrigado a despedi-la provida, pelo menos, com os meios suficientes como para chegar bem até a casa de seu pai (Gén. 21: 14; cf. Deut. 15: 13).

*Poderá ir.
Sua partida formal era um anúncio público de que já não era mais a esposa desse homem e que por tanto estava livre para casar-se de novo. A "nota de separação" ou "nota de corte" dissolvia por completo o matrimônio.
A consumação do matrimônio com um segundo marido a tornava "vil" para o primeiro. Se alguma vez ele tornava a toma-la por mulher, cometia adultério. Ela lhe era ilícita como esposa (ver Jer. 3: 1).

*Perverter a terra.
... Se bem que Deus tolerou algumas coisas as quais certamente não podia dar sua aprovação, havia limites mais além dos quais o homem não podia passar. Muitas vezes a "terra" aparece personificada, como si pudesse atuar e sentir (ver Lev. 18: 25; Isa.24:5).

Algumas pessoas hoje se referem a Deut. 24:1-4 como base do que chamam "divórcio cristão". Porém, na realidade, estes versículos nos revelam a vida doméstica dos judeus, na qual ao tomar uma esposa equivalia a adquirir uma propriedade. A autoridade do esposo sobre sua mulher era quase absoluta. O propósito da lei aqui enunciada era melhorar a sorte da mulher hebréia. Esta lei, longe de estabelecer uma baixa norma moral, ou de aprovar uma norma tal, representava uma norma muito mais elevada que a reconhecida pelos cruéis costumes daquele tempo.

A lei garantia à mulher divorciada certos direitos, e na realidade a protegia de ser considerada adúltera ou rejeitada pela sociedade. Deixava a casa de seu primeiro marido como mulher livre e respeitada pela sociedade, apta para contrair um matrimônio honroso.

A carta de divórcio estabelecia que seu primeiro esposo já não tinha mais jurisdição legal sobre ela e que ela não tinha nenhum tipo de obrigação para com ele, senão que estava livre para ser esposa de outro homem. Ao voltar a casar, não se fazia culpada de adultério, nem se violavam os direitos de seu primeiro marido.

A lei mosaica sobre o divórcio não foi dada para anular os ideais do matrimônio instituído por Deus na criação, senão a causa da "dureza" dos corações humanos (Mat. 19: 8). A sorte de uma mulher só e desprezada era deplorável. A carta de divórcio aliviava seu infortúnio. Esta lei simplesmente reconhecia a situação existente e buscava melhora-la. Esta era uma lei de permissão, e não de obrigação. Estas mesmas restrições tinham por objetivo eliminar o fácil processo de divórcio que evidentemente os hebreus haviam aprendido em sua associação com os povos pagãos.

Cristo falou enfaticamente contra o conceito de ter uma esposa como propriedade (Mat. 5: 27-32; 19: 3-9). Essa prática havia acarretado muita desgraça e injustiça às mulheres judias. A escola de Hillel, que sustentava a filosofia religiosa popular judia nos tempos de Cristo, interpretava como "coisa indecente" (Deut. 24: 1) qualquer coisa que lhe resultara desagradável ao marido. A escola de Shammai, mais estrita e menos popular, definia como "coisa indecente" algum ato comprovado de falta de pudor ou adultério. Nos tempos de Cristo, a escola de Hillel permitia o divórcio por pequenas coisas como a exibição do braço de uma mulher em público, ou que a esposa queimasse a comida de seu marido, ou quando o esposo encontrava outra mulher mais atraente. Desta atitude escreveu Josefo: "O que deseja divorciar-se de sua mulher por qualquer coisa (e muitas causas tais se dão entre os homens), que dê por escrito a certeza de que nunca mais a usará como sua mulher, porque assim ela estará livre de casar-se com outro marido, se bem que antes de dar-se esta carta de divorcio, não deve permitir-se-lhe faze-lo" (Antiguidades, iv. 8. 23).

A lei de Deut. 24: 1-4 não instruiu o divórcio, senão que o tolerou em vista das imperfeições da natureza humana e aos baixos conceitos morais do povo de deus nesse tempo. Para conhecer a opinião de Deus a respeito do matrimônio é preciso não se deter em Deut. 24: 1-4, senão, como o fizera Jesus, hoje se remontar a Gen. 1: 27 e 2: 24 (Mat. 5: 27-32; 19: 3-9). O conselho escrito por Moisés para a gente de seus dias deve interpretar-se à luz dos costumes de sua época, e não da nossa, e sempre tendo em vista o ideal divino. Uma vez mais Cristo elevou à vista dos homens esse divino ideal ordenado no Éden. Esse primeiro matrimônio nos proporciona o modelo dado por Deus para seu povo de hoje.
Em Mateus 19:9 Jesus permite o divórcio em caso de relações ilícitas. O que é relações ilícitas? Em outra versão diz que o divórcio é permitido em caso de fornicação. O que é fornicação?
Relações sexuais ilícitas é a toda prática sexual ilícita, ou seja, que não é conforme o plano de Deus. Neste verso, refere-se especificamente ao “adultério”.
Na outra versão bíblica, (Versão Figueiredo), há a expressão “fornicação” ao invés de “adultério”. Por que?

A palavra grega que aparece em Mateus 19:9 para “adultério” no original é porneia (porneia) Esta palavra pode ser traduzida por diferentes palavras, tais como:
- Adultério;
- Fornicação;
- Homossexualismo;
- Lesbianismo;
- Bestialidade.
- Etc.

Tanto uma quanto a outra está correta; mas, de acordo com o contexto do verso, “porneia” é melhor traduzida por “adultério”, ou seja, “relações sexuais ilícitas”.
Fornicação é “o ato sexual praticado fora do casamento”.
Se a separação foi por outro motivo e se o homem ou mulher passar a viver juntos com outra pessoa, eles estão em adultério?
Sim. A pessoa ao separar-se por qualquer motivo e casar-se com alguém, comete adultério.
Isto não quer dizer que Deus não possa ajudar tal casal; Ele tem o desejo de ajudar a todos estes casais que não estão ainda com sua situação conjugal acertada.
É importantíssimo que o casal recorra a Deus a fim de ter solucionado sua situação.
Se caso um era solteiro e outro casado e passam a viver juntos, quem está em adultério?
Os dois estão adulterando, pois “ambos estão envolvidos na prática sexual errada”.

CORPO - TEMPLO DO ESPIRITO SANTO
Texto: "Não sabei vós que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós é santo" (1 Co 3.16, 17).

Introdução: Nós fomos criados a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Somos feitura sua, criados para o louvor da sua glória. Deus colocou em nós o fôlego de vida e fomos criados para sermos sua habitação. Ele fez tudo isso para vir morar dentro de nós. Portanto, nosso corpo deve refletir a santidade d'Ele. Para isso acontecer temos que cuidar de nosso corpo com zelo.

Vejamos as posturas que precisamos ter:

1 - Ter cuidado com nossas atitudes
a - Com o que vemos - "A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz" (Mt 6.22)
O nosso olhos são a porta de entrada da nossa alma, eles fotografam as imagens e guardam na mente. Precisamos vigiar para que o nosso adversário não nos pegue nessa área, pois como nova criatura, temos a mente de Cristo e ela poderá ser contaminada se não andarmos em vigilância. "..., nós temos a mente de Cristo" (1 Co 2.16)
b - Com o que ouvimos - Podemos ter a alma contaminada através da audição. Vigilância e selecionar ao que submetemos os nossos ouvidos, é necessário - "a fé vem pelo ouvir..." (Rm 10.17)
c - Com o que falamos - Nossas palavras devem ser equilibradas e conduzidas pelo Espírito Santo, para que sejam edificadoras para quem as ouve - "A nossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um" (Cl 4.6)
d - Com o que fazemos - Nossas atitudes revelam quem somos - "Sabei isto, meus amados irmãos, mas todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus. Pelo que, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar as vossas almas. E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos" (Tg 1.19-22)

2 - Cuidar da estética corporal
Se somos templo de Deus, precisamos cuidar da saúde do corpo.
a - Na aparência - A nossa aparência reflete como estamos interiormente, isto é, a saúde da alma. Se andamos relaxadamente, de qualquer jeito, estamos desprezando o que Deus criou de uma maneira muito linda. Portanto, o nosso vestir deve ser nobre, decente, discreto, isento de sedução. Não é preciso viver comprando roupas para mostrar que se veste bem, mas saber vestir o que tem, com elegância, combinando as peças e estar sempre limpas e cuidadas. Também precisamos fugir da aparência do mal, não usando roupas que despertem a sensualidade, cuidando para que o outro não peque (lascívia)
b - Na higiene corporal - Cuidar da higiene do corpo, tomando banho diariamente, manter os cabelos limpos e tratados, escovar sistematicamente os dentes evitando assim o mal hálito. São hábitos externos que demonstram zelo pelo Templo de Deus e também um excelente testemunho como cristão.
c - No combate a obesidade - Precisamos entender que todo peso acima do proporcional ao nosso biotipo nos causa desconforto, cansaço, aumento da pressão arterial e aceleração cardíaca, o que pode acarretar partida para eternidade fora do tempo. É necessário recuperar a auto-estima, vencer os complexos, os traumas, para que o nosso corpo reflita a glória de Deus. Vejamos o que o Ap. Paulo escreveu em 1 Ts 5.23: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo, sejam conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".

3 - Ser exemplo em tudo
Como filhos de Deus devemos espelhar a sua glória, sendo Seus imitadores. - "Sede pois imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave" (Ef 5.1, 2).
Fugir das obras da carne (Gl 5.19-21).

4 - Ser santos
"Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo" (1 Pe 1.15, 16).
a - Com unidade de Espírito - (Ef 1.3, 4)
b - Em todo o nosso viver (1 Pe 1.15, 16)
c - Tendo os nossos corpos em sacrifício (Rm 12.1)
d - Tendo o Fruto do Espírito (Gl 5.22)

Conclusão: Somos filhos de Deus e precisamos refletir a Sua glória, não só em palavras, mas em atitudes que revelem o Deus que está em nós. Sejamos referencial de santidade a cada dia, sendo zelosos no que fazemos, no que falamos ou pensamos, buscando a santidade em amor, sendo exemplos em tudo, para glória de Deus.